Feb 12, 2012

Acordo com o barulho do celular e percebo que ainda está escuro lá fora. Me permito dormir mais um pouco. A cama em que agora durmo é grande para se dormir sozinha, mas eu prefiro assim. Estou sozinha, não só na cama, como também em casa. A casa está vazia, assim como eu. Sinto falta da minha cachorra, da minha mãe, talvez minha irmã e meu pai também. Anseio que voltem, mas não agora.

Feb 11, 2012

She is between a world that has not ended and another one that has not yet started.

Feb 9, 2012

lagoa

Eu corro para não precisar pensar em mais nada; apenas naquela curva da lagoa a minha frente e nos buracos da pista que sempre preciso desviar. No caminho, penso o quanto mais de chão minhas pernas aguentarão e se poderia correr por horas a fio. Penso se a exaustão de meu corpo será suficiente para exaurir meus pensamentos.

Feb 3, 2012

sorrow is my body on the waves

Minha relação com a praia praticamente não existe, porém eu adoro o mar. Ir a praia é um passeio raro. Provavelmente pela minha falta de apreço ao sol, e a areia em si. Sol, calor, areia, coisas que não combinam muito na minha realidade.

Porém eu adoro o mar, adoro as ondas, adoro água. Adoro quando o barulho do resto do mundo cessa assim que mergulho. Barulho esse que se encerra para que eu possa escutar meu próprio barulho, o meu e o do mar, e o dos outros mares.

O mar é muito monótono, e também é a vista que eu tenho dele daqui de cima.

Feb 2, 2012

teorema

Não encontro mais caminhos em minha cabeça, e as alternativas se esgotam. Ao sair de um labirinto, em seguida vejo outro a minha frente. Penso em fórmulas, expressões numéricas que possam elaborar uma solução que minha mente não mais consegue encontrar; e que nunca encontrou. Se repetem, são contínuas, agudas, como as pequenas ondas em sequência que batem no meu corpo, até que eu transpasse todas elas, para que enfim, possa enfrentar a onda maior.